segunda-feira, 13 de maio de 2013

Palavra de Luiz Gonzaga Pinheiro acerca do CCJC

O círculo é a figura mais aconchegante da Geometria. Nele todos se veem e são vistos. É natural que no centro de qualquer círculo esteja sua essência, razão pela qual ele foi gerado, objeto para o qual convergem todos os esforços periféricos. O centro do círculo é, portanto, o ponto de chegada das utopias e das inspirações coletivas bem como do “superar-se” individual, a fim de que o todo brilhe em plena penumbra. É assim o Centro Cultural Jáder de Carvalho, criado para ser um círculo de raios pulsantes ligados a um centro vital, o Espiritismo. Mesmo quando tudo é turbilhão na belíssima praia de Fortaleza, quando os turistas admiram o mar, os passantes fortalecem seus músculos, os curiosos ouvem o palhaço que arranca risadas e o Sol aquece os velhos coqueiros já desgastados pelo tempo, o Centro está em calma como o olho do furacão. Costumamos dizer que Deus é o centro do universo. Não no sentido geográfico. Isso o limitaria. Mas, no sentido poético, como um pai é o centro da família. Igualmente, o Centro Cultural Jáder de Carvalho, espírito permanente e vigilante do velho poeta cearense entre nós, pois poeta não morre, acolhe a todos com seus livros, poemas, palestras, conselhos, enfim, com a filosofia perene de Jesus e de seus representantes, os espíritos defensores da ética cristã e da caridade material e moral, combustível da paz entre os homens. Nele estão alunos e professores, posto que este é a razão para a permanência e envolvimento daquele. Nesse contexto, o Centro é onde a espera torna-se encontro, onde o quando se transforma no agora. Caminhando no calçadão, qualquer caminhante fatalmente chegará ao Centro. Este é sala de espera onde todos se confraternizam; onde títulos e honrarias se resumem na racionalidade do maior posto nas oficinas de Jesus, o de servidor. Ali seus trabalhadores sabem que não há lugar para a instabilidade, de vez que a turbulência o desfaria. Por isso transformaram-no em um amortecedor de ondas de choque, modelando as forças em desalinho através da amizade e do companheirismo em linhas de equilíbrio para sua própria sustentação. O Centro Cultural Jáder de Carvalho é núcleo que condensa emoções para a construção da paz, pelo menos naquele espaço. Quem está nele é necessariamente alvo e atirador. Por isso ele jamais ficaria bem situado no Saara ou na Antártida. Está onde o povo está, pois é um presente para o povo. O Centro é ponto de convergência de aprendizes com suas lentes, professores com suas chamas, técnicos com suas bússolas, famílias com seus anseios, poetas com suas rimas e musas. É o lugar onde o “vir a ser”, é, momentaneamente, para tornar a vir a ser sucessivamente, pois só Deus é, de maneira absoluta e concreta, desde o sempre. A beira-mar já possui seu ninho de amor fraterno e espaço de troca de boas energias espirituais, O Centro Cultural Jáder de Carvalho, o cantinho da paz. Fortaleza, 13 de maio de 2013. Luiz Gonzaga Pinheiro

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