CENTRO CULTURAL JÁDER DE CARVALHO: Maria de Magdala

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Maria de Magdala

Ontem foi exibida novamente a palestra de Divaldo Franco sobre Maria de Magdala. Fez-se presente ao evento um público de 20 pessoas, entre elas a jornalista e espírita Sandra Sombra Sampaio, que elogiou a iniciativa do Centro Cultural e ficou de comparecer àquele espaço em outras oportunidades.

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Biografia de Jáder de Carvalho

Jáder Moreira de Carvalho nasceu em Quixadá, Ceará, em 29 de dezembro
de 1901, e faleceu na cidade de Fortaleza, no dia 7 de agosto de 1985,
aos 83 anos de idade. Bacharel pela Faculdade de Direito do Ceará em
1931, foi professor de História do Colégio Estadual do Ceará e assessor jurídico do Conselho de Assistência Técnica aos Municípios.
Casou-se com a contista Margarida Sabóia de Carvalho e tiveram sete
filhos.
Jornalista brilhante e polêmico trabalhou no jornal Diário do Povo e
fundou o jornal A Esquerda. De sua atuação política, consta também a
fundação do partido Esquerda Democrática, que se transformou no
Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Como escritor, foi um dos iniciadores do movimento modernista no
Ceará, em 1927, com o livro O canto novo da raça, publicado em
conjunto com Franklin Nascimento, Sidney Neto e Mozart Firmeza. Foi
poeta telúrico de grande sensibilidade, tinha uma poesia arrebatada e
comovedora. Foi também ensaísta e romancista de cunho social,
inaugurando no Ceará o chamado “romance da classe média”, de fundo
reivindicante. Além de ensaios sociológicos publicou os romances:
Classe média, 1937; Doutor Geraldo, 1937; A criança vive, 1945; Eu
quero o sol, 1946; Sua majestade o juiz, 1962; Aldeota, 1963.
Outras obras também merecem destaque: O canto novo da raça, 1927;
Terra de ninguém, 1931; Água da fonte, 1966; Toda a poesia, 1973; Alma
em trova, 1974; e Terra bárbara, publicada pelo Programa Editorial da
Casa José de Alencar em 1998.
Como jornalista, foi articulista do jornal O Povo e fundador do Diário
do Povo. Recebeu o título de Príncipe dos Poetas Cearenses.
Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 21 de maio de 1930,
por ocasião da segunda reorganização do sodalício, passando a ocupar a
cadeira 15 (posteriormente número 14), cujo patrono é João Brígido.
Em maio de 1982, recebeu a Medalha da Abolição – a mais alta
condecoração do Estado do Ceará.
Pertenceu ao Instituto do Nordeste e à Sociedade Brasileira de Sociologia.
De acordo com seu filho Cid Carvalho, o pai foi um leitor de autores
como Camille Flammarion (1842 – 1925), um dos colaboradores do
codificador do espiritismo Allan Kardec (1804 – 1869), e de Ernesto
Bozzano (1862 – 1943), pesquisador espírita. O interesse de Jáder por
questões espiritualistas se intensificou quando perdeu um filho com a
idade de 20 anos.